2 A 11 FEVEREIRO
Natureza, trans_formação e outras práticas sensíveis: a felicidade que nos aguarda
Sempre que abrimos uma página em branco para começar a desenhar os primeiros traços deste festival, paramos e perguntamos muitas vezes: o que mudou neste lugar que habitamos? E fora dele… que corpos, paisagens e conceitos se encontram alteradas? O que será necessário desencadear, hoje, para que o campo sensível se expanda e se instale no quotidiano?
Bom, a verdade é que o mundo mudou muito desde a primeira edição do GUIdance. É pois expectável que a pele formada ao longo deste grandioso processo, nos exija agora outros arrepios e tribulações sensoriais. E até talvez o ressignificar de alguns conceitos.
Sendo um lugar de especulação sobre o impossível, o GUIdance é ao mesmo tempo um lugar de trans_missão e de trans_formação do ser. Uma espécie de expressão que não compreendemos à partida, mas cuja força criadora e misteriosa nos congrega a fazer parte da sua existência.
Esse sentido dos corpos “outros” vai estar na linha da frente desta edição. Esses que fogem à norma seja ela qual for, porque a sua natureza está em permanentemente processo de super_ação. É assim a Dançando com a Diferença, que numa colaboração com três distintxs coreógrafxs ampliará o nosso olhar sobre a natureza humana. E com muita beleza cumprirá o destaque merecido nesta edição.
Será pois nesse romper com o estabelecido que uma mensagem de felicidade (nos) chegará, sem anúncio nem coordenadas que possam ser replicadas, combatendo práticas de rejeição e controlo sobre o acesso ao verdadeiro conhecimento que está dentro de cada um.
Entre o urbanismo dos movimentos e o gesto primordial de relação com a natureza, veremos corpos “outros” passar na linha do horizonte coreográfico, enquanto observamos a sua trans_formação, indicando-nos que um novo tempo acaba de entrar nas nossas vidas. O que pressupõe não termos qualquer escolha senão abraçar esta diferença e dançar com ela.
Se em 2022 sinalizámos a retenção e a densidade dos tempos, em 2023 afirmamos a trans_formação e as práticas sensíveis enquanto sinal luminoso para seguir caminho.
Rui Torrinha
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