SÁBADO 11 OUTUBRO, 17H00
Pós-Laboratórios de Verão

A exposição Pós-Laboratórios de Verão resulta da 12.ª edição do Programa de Apoio à Criação Artística Laboratórios de Verão, uma parceria entre o gnration (Braga), o CIAJG — Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Guimarães) e a Solar — Galeria de Arte Cinemática (Vila do Conde). A partir de um concurso aberto a artistas e coletivos naturais ou residentes tanto no Distrito de Braga como no Concelho de Vila do Conde, foram selecionadas quatro propostas para serem materializadas durante períodos de residência nas instituições culturais participantes, durante este verão. Após uma primeira apresentação de resultados em setembro, no gnration, tem agora lugar, aqui no CIAJG, uma segunda exposição, que posteriormente seguirá para a Solar, em dezembro de 2025. Esta itinerância permite dar a conhecer a diferentes públicos o trabalho dos artistas selecionados – Catarina Braga, Dora Vieira, Renato Cruz Santos e Mariana Sardon – ao mesmo tempo que promove a reconfiguração da exposição face as características singulares de cada espaço.
Catarina Braga apresenta In Search of the Forgotten Image, um vídeo-ensaio acerca de uma planta-imagem, um emoji, que narra a procura da sua verdade ontológica. Este pressuposto, de índole especulativa, conduz a uma experimentação de processos de representação do não-humano e a uma reflexão sobre a matéria pós-natural, a qual evidencia o papel da mediação tecnológica na nossa relação com a natureza.
Por sua vez, Dora Vieira expõe a instalação imersiva Homúnculo composta por peças escultóricas, pictóricas e projeção de vídeo que evocam, no seu conjunto, a complexidade da materialidade do corpo no contexto pós-humano.
Renato Cruz Santos exibe Pedra de Memória, uma instalação audiovisual sobre o imaginário, a paisagem e a identidade da comunidade de Caxinas, em tensão com a progressiva urbanização. Através de uma narrativa sensorial são estabelecidos diálogos entre temporalidades humanas e não humanas, no espaço terrestre e subaquático, tendo como horizonte comum a presença da Forcada, um penedo granítico situado naquela zona costeira.
Por fim, Mariana Sardon exibe Botânica Electromagnética, uma instalação composta por cinco dispositivos interligados parar gerar uma paisagem sonora dinâmica que remete para diferentes formas de vida e de matéria, viva e não-viva, natural e sintética.
No seu conjunto, a exposição afirma a heterogeneidade das propostas, ancoradas nos princípios de investigação, estéticos e conceptuais próprios de cada artista e que geram uma diversidade de matérias, suportes e temáticas. Porém, apesar dos seus caminhos autónomos, as propostas partilham uma postura experimental em relação aos meios utilizados e refletem o posicionamento dos artistas num tempo comum, marcado pela interdependência entre sistemas biológicos e tecnológicos. Deixando a cada espectador a possibilidades de sentir e estabelecer linhas de convergência entre as propostas exibidas, salienta-se neste conjunto o desafio do conceito de natureza e o reconhecimento da nossa convivência interpessoal e inter-relacional com o ambiente.
Inauguração com entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível
Curadoria Joana Pestana
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Exposição patente até 16 novembro

Inauguração com entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível
Curadoria Joana Pestana
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Exposição patente até 16 novembro
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