SÁBADO 7 DEZEMBRO, 21H30
Flávia Vieira - Milagro
Embora em número reduzido, as peças pré-colombianas na coleção do CIAJG (têxteis, cerâmicas e objetos) são uma evidência material da diversidade cultural e tecnológica vivenciada pelos povos indígenas do continente americano antes da invasão europeia. Os 33 objetos são provenientes das culturas Inca, Chimú, Chancay, Moche, Azteca, Nicoya, Misteca, Talamameque, Nayarit (que ocuparam parte do território da América Central e do Sul) e pertencem a um período cronológico entre 500 a.C a 1532 d.C aproximadamente. É essa mundividência, rica, exuberante, mas irremediavelmente perdida, que a artista Flávia Vieira evoca em Milagro, uma exposição que dialoga com aqueles objetos.
Flávia Vieira (1983, Braga). Através do uso predominante do têxtil e da cerâmica em contexto instalativo, o seu trabalho desenvolve-se a partir das narrativas culturais, históricas e políticas associadas aos processos do fazer, explorando noções de identidade, memória e representação coletiva, diáspora botânica e alteridade. É graduada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Mestre em Comunicação e Artes pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e Doutorada em Poéticas Visuais e Processos de Criação pelo Instituto de Artes da Unicamp em São Paulo. Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro, em particular no Brasil onde residiu, destacando-se as exposições individuais recentes Brasilina, KUBIKGallery, Porto (2022) e Hopes and Fears, KubikGallery, Porto (2019). Entre as exposições coletivas recentes, destacam-se: Jarra Humana, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas (2024); Obscura Luz, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2022); Impluvium, Galeria Àngeles Baños, Badajoz (2022); Tisanas – Infusões para Tempos Modernos, Fundação Eugénio de Almeida, Évora (2022). Atualmente participa do programa "Em Residência - Ateliers Municipais" da CM do Porto. Entre outras, o seu trabalho integra as coleções do Instituto Inhotim (Brasil), a Coleção de Arte Contemporânea do Estado - CACE (Portugal), a Coleção Municipal de Arte da Câmara Municipal de Lisboa (Portugal), a Coleção Municipal de Arte da Câmara Municipal do Porto - PLÁKA (Portugal) e a Coleção Norlinda e José Lima (Portugal).
Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível
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